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Atraso no pagamento de pensão alimentícia: saiba o que fazer

homem usando uma calculadora sobre papéis

O pagamento da pensão alimentícia está amparado pelo Código Civil Brasileiro, mas, ainda assim, casos de atraso são mais comuns do que deveriam, gerando estresse e confusão sobre quais medidas tomar. 

A pensão alimentícia, ao contrário do que muitos imaginam, não é um benefício, e sim um direito legal respaldado na legislação brasileira, que assegura a quem recebe uma obrigação jurídica. 

Você está passando por uma situação como essa? Leia o conteúdo para saber o que fazer em situações de atraso no pagamento da pensão, quais medidas legais são possíveis e quais ações devem ser antecipadas. 

Boa leitura! 

O pagamento da pensão alimentícia está previsto em lei? 

O pagamento da pensão alimentícia é mais do que um direito: é uma obrigação prevista no Artigo 1.694 do Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002). Veja o que diz o trecho: 

“Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.”

Além do Código Civil Brasileiro, o direito está amparado pelo Artigo 227 da Constituição Federal e também pelo Artigo 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

juiz assinando papéis em uma mesa ao fundo, com um malhete à frente.
É obrigação legal o pagamento de pensão alimentícia dentro do prazo estabelecido. 

Quem tem direito à pensão alimentícia? 

O pagamento da pensão alimentícia não é somente para filhos menores de idade. A legislação brasileira inclui diversos casos em que a obrigatoriedade se faz necessária. Veja quais são: 

Filhos menores e maiores de idade

Jovens até 18 anos de idade são beneficiários da pensão, a fim de garantir o sustento nas diversas áreas da vida. No entanto, a legislação também envolve o pagamento de pensão para filhos maiores de idade, com base em alguns critérios: 

  • Estudantes universitários: é possível que o benefício possa ser estendido até dois anos após a maioridade em casos de ingresso à universidade. 
  • Filhos com algum tipo de deficiência: casos como esse podem implicar no pagamento vitalício da pensão. 

Pais em situação de vulnerabilidade

Filhos têm a obrigação de pagar a pensão alimentícia aos pais, desde que estejam em situações de vulnerabilidade financeira, de acordo com o artigo 229 da Constituição Federal

Ex-cônjuges

Após um divórcio, um dos cônjuges pode exigir o pagamento de pensão de maneira pontual, caso se comprove algum tipo de dependência financeira durante o relacionamento. 

O pagamento pode ser momentâneo, a fim do ex-cônjuge se restabelecer financeiramente, ou até mesmo vitalício, caso se prove a incapacidade para o trabalho ou atividades rotineiras. 

A partir de quantos dias se considera atrasado o pagamento de pensão alimentícia?

Já se considera atrasado o pagamento da pensão alimentícia a partir do primeiro dia após o prazo definido na decisão judicial homologada. 

Portanto, medidas legais podem ser tomadas de maneira imediata, como protesto da dívida ou a penhora de bens. A prisão civil, no entanto, só pode ser solicitada após um período de três meses de pensão atrasada. 

Duas pessoas em uma mesa assinando documentos
O atraso do pagamento da pensão alimentícia é considerado um dia após o prazo determinado. 

Pensão alimentícia atrasada: medidas extrajudiciais 

A pensão está atrasada e você não sabe o que fazer? Bom, cada caso pode exigir ações diferentes, e a resolução do conflito vai depender de alguns fatores. 

Em núcleos onde há disposição para o diálogo entre as partes e atrasos ocasionais, medidas extrajudiciais são mais adequadas, desde que o problema seja resolvido rapidamente. Veja o que pode ser feito: 

Tentativa de resolução amigável 

Em alguns casos, o diálogo amigável com o devedor pode solucionar a situação. Esse acordo informal visa evitar desgastes desnecessários. A formalização, todavia, deve estabelecer um prazo determinado por escrito. 

A medida é, talvez, a solução mais “saudável” para todos os envolvidos, o que não significa que funcione para todos os casos. 

Mediação com um terceiro

Com o auxílio de um terceiro, que pode ser chamado de mediador ou conciliador, o objetivo é chegar a um acordo considerando as alegações do devedor, sem que haja qualquer medida judicial. 

Nesse encontro, o papel do conciliador é evitar que as partes entrem em conflito e formalizar o acordo informal com os próximos passos para o pagamento da pensão atrasada. 

duas pessoas apertando as mãos em uma reunião de conciliação, com um mediador ao fundo
A mediação com terceiro é uma alternativa amigável para a resolução do atraso no pagamento de pensão alimentícia. 

Notificação extrajudicial

Geralmente redigida por um advogado, a notificação extrajudicial é enviada via Correios com Aviso de Recebimento (AR) e busca comunicar o atraso ao devedor, ainda a fim de resolver a situação sem qualquer medida judicial. 

A notificação inclui os prazos que devem ser pagos os atrasados da pensão alimentícia, assim como possíveis juros aplicados diariamente. 

Parcelamento da dívida

No acordo amigável entre as partes, o parcelamento da dívida pode ser uma alternativa para a resolução rápida. O valor pode ter a aplicação de juros. 

Pensão alimentícia atrasada: medidas judiciais

Caso as medidas extrajudiciais não funcionem e o acordo amigável seja inviável, é necessário optar por caminhos legais para o recebimento da pensão alimentícia, o que pode acarretar em consequências judiciais ao devedor. 

A medida mais comum é a Ação de Execução de Alimentos, procedimento judicial utilizado para cobrar o pagamento da pensão que gera diversas implicações ao credor, tais como: 

  • Cobrança do valor pelo Juiz
  • Penhora de bens
  • Desconto em folha de pagamento
  • Prisão civil

Lembre-se que para entrar com qualquer ação judicial é fundamental estar amparado por um advogado e, principalmente, printar e fazer o registro digital de todas as provas relacionadas ao atraso no pagamento da pensão alimentícia. 

Print serve como prova na justiça? 

O artigo 369 do Código de Processo Civil (CPC) estabelece que “As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz”.

Isso significa que as prints são válidas para a justiça, mas, na prática, ainda são consideradas muito difíceis de auditar e fáceis de alterar, o que pode descredibilizar o processo na justiça, como aconteceu em um caso na 2ª Vara de Trabalho de Campina Grande, onde a justiça rejeitou as prints apresentadas. 

No entanto, saiba que essas prints, assim como áudios, vídeos e imagens de WhatsApp, redes sociais, sites ou e-mails, podem ser usadas judicialmente como provas digitais válidas, desde que sejam coletadas e preservadas de maneira segura e confiável, sem a possibilidade de alteração posterior. 

Sendo assim, você precisa utilizar uma plataforma que possa dar respaldo jurídico a essas provas, a fim de atestar ao juiz que elas são válidas e não tiveram qualquer tipo de alteração a partir do momento que foram coletadas e registradas. 

Qual plataforma usar para atestar a segurança das minhas provas digitais? 

Para isso, você vai utilizar a plataforma da Verifact®, a melhor solução online para a coleta de provas digitais documentais válidas nas três instâncias do judiciário, o que vai credibilizar ainda mais o seu processo. 

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